de Jane Hirshfield
Cada vez mais admiro a resiliência.
Não a simples resistência de um travesseiro,
cuja espuma volta sempre à mesma forma,
mas a tenacidade sinuosa de uma árvore:
encontrando a luz recém-bloqueada de um lado,
ela se transforma no outro.
Uma inteligência cega, é verdade.
Mas dessa persistência
surgiram tartarugas, rios, mitocôndrias, figos
– toda essa terra resinosa e irretratável.